segunda-feira, 2 de julho de 2012
A História do Tarot
O Tarot e as suas origens estão envoltas em mistério e abertas à especulação. Há quem defenda que as cartas derivam dos livros sagrados do Antigo Egipto. Pensa-se, por outro lado, que tenham sido originárias na Índia ou na China e que foram trazidas pelos ciganos para a Europa. Detectam-se no Tarot símbolos que se pensa conterem os segredos do Universo e a chave da natureza humana e influências das religiões Gregas e das filosofias Árabes e Indianas, assim como da Cabala Judaica.
Há documentos que comprovam serem as cartas de jogar já conhecidas na Bélgica em 1379.
Feliciano Bussi na sua historia de “Viterbo” refere o uso de baralho de cartas em 1379, vindo através dos sarracenos e ao qual se dá-se o nome de naib. Em Espanha, no ano de 1367, encontramos também esse tipo de cartas descritas com o nome de naipe. Pensa-se que a palavra naipe tenha surgido da palavra flamenga knaep, palavra esta derivada de papel.
Wurzburg, um bispo alemão, em 1329 proibiu durante uma pastoral tantos os monges como as freiras da sua diocese de jogarem às cartas.
Vindas de Espanha, as cartas são levadas para a Itália, sendo encontradas em Veneza pela primeira vez em 1545.
Assim, podemos dizer que o jogo do Tarot é um misto do jogo naib e o baralho de cartas comum.
A Court de Gebelin, defende que os símbolos do Tarot derivam das imagens iniciáticas dos sacerdotes Egípcios, cujas figuras eram pintadas em duas fileiras nas paredes das galerias subterrâneas na grande pirâmide Gigé. Advoga ainda que, provavelmente, teriam vindo para a Europa trazidas através dos ciganos, que as utilizavam para ler a sorte, na sua arte adivinhatória, cujo nome era uma forma alterada da palavra “Egípcios”. No entanto, as cartas de Tarot também poderão ter sido trazidas pelos Cruzados, no regresso da Terra Santa no século XIV. Há quem defenda a teoria de que foram os próprios templários a inventar as cartas do Tarot, uma ordem de cavalaria guerreira e asséptica formada por Cruzados por volta do ano de 1118, sob a chefia de Hugh de Payen.
Antoine Court Gebelin, escritor francês, devido ao seu grande fascínio pelas lendas escreveu em 1781: “Pensa-se que toda a sabedoria antiga foi destruída quando a grande biblioteca de Alexandria foi queimada. Não foi, porém, assim. Há um livro, que foi passado de mão em mão, e, com ele, muitos segredo dos antigos. Está escrito em setenta e oito folhas, divididas em cinco secções.” ( T. Milénio; pág. 6 e 7 )
Ele estava sem dúvida a referir-se ao Tarot. Para Gebelin, as vinte e duas cartas dos Arcanos Maiores representavam os líderes temporais e espirituais da sociedade egípcia antiga. As outras cinquenta e seis cartas eram divididas em quatro naipes, referentes às quatro classes da sociedade do Antigo Egipto. Tanto os reis como os militares ostentavam a espada (naipe de espadas), a taça simbolizava os sacerdotes, (naipe de copas), os paus eram o símbolo correspondente aos agricultores (naipe de paus) e as moedas representavam os comerciantes (naipes de ouros).
O TAROT ao sobreviver ao incêndio da famosa Biblioteca de Alexandria reapareceu em 1781 e duzentos e cinquenta anos depois despertou o interesse renovado. Qual será a mensagem dos arcanos maiores? Será que as imagens dos Arcanos Maiores são representativas de lembranças visuais relacionadas com uma tradição oral? E será possível que Gebelin, nascido na Provença tenha descoberto o segredo delas tão bem guardado?
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